terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Dia 17# - Prenda-me se for Capaz.

Leonardo DiCaprio em Prenda-me Se For Capaz
 
Olá amigos, parece que nossa saga de ver um filme por dia está dando certo e já estamos no meio da segunda semana, cumprindo metas e escrevendo não só sobre filmes mas sim sobre arte.
O filme escolhido de hoje foi Prenda-me se for Capaz, um longa de Steven Spielberg baseado em fatos reais que conta a historia de um dos maiores trapaceiros dos EUA, o jovem Frank Abagnale Jr., interpretado Leonardo DiCaprio, que a partir de Prenda-me se For Capaz é visto como um dos atores mais consagrados da atualidade.
Frank Jr é filho de um banqueiro de uma cidade local que ganhou a vida com pequenos calotes e ao passar pela grande depressão dos EUA teve sua vida virada de pernas pro ar ao ver sua casa sendo leiloada para pagar as dividas da família. Frank Jr, então com 16 anos, foge de casa para ganhar a vida por conta própria, mas acaba descobrindo que a vida na cidade grande não é tão fácil quanto esperava.
Frank Jr começa a usar os velhos truques de trapaça do pai para ganhar a vida, até virar um dos maiores fraudadores de banco já procurados pelos EUA.
O filme te joga em uma divertida rede de trapaças, onde o anti-herói Frank é aclamado a cada golpe genial que dá no governo. O carisma de Leonardo DiCaprio fez desse personagem o divisor de águas de seu trabalho, pois a partir de Frank Abagnale Jr, DiCaprio é visto como um ator realmente talentoso.
O Sucesso do filme fez a historia chegar aos teatros da Broadway e ser um dos musicais mais aclamados de 2011, assim como diversos outros prêmios e indicações que Prenda-me se for Capaz  arrecadou ao longo dos anos.
Catch me If You Can - on Broadway

Realmente um filme que me surpreendeu vindo de quem vem, Steven Spielberg, que é um ótimo diretor, mas tem a triste mania de dar um tom dramático ao termino de todos seus filmes (Vai dizer que você não chorou ao ver o E.T ir embora?  Ou ao termino de A.I ?). Porém o desfecho do filme é perfeito e te dá vontade de pesquisar mais sobre a vida de Frank, que continua vivo, e imagine só, livre da cadeia! rs
 
Abraços a Todos, e até amanhã com mais um filme!

Dia 16# Persépolis




Salve salve!
O filme que vou comentar hoje, já tinha ouvido muitas criticas boas sobre e então esta semana tive a oportunidade de assistir. Persépolis é uma animação de 2007, que foi adaptado das historias em quadrinhos autobiográficos de Marjane Satrapi, que acabou tornando-se um filme. E que filme! É digamos simples no desenho – nada assim apoteótico nos efeitos - mas não deixa de ser rico visualmente e com ilustrações muito bem trabalhadas. As cenas em sua maioria são em preto e branco.



Marjane é uma iraniana que conta como foi sua vida quando ainda criança até os seus vinte e poucos anos. Fala sobre sua relação com seus pais, a avó, alguns familiares, a exemplo do tio Anouche, por quem tinha uma grande admiração, pela postura politica e até heroíca diante ao regime do xá Mohammad Raza Pahlav. É justamente por causa de Anouche, que a menina em uma cena - que considero muito forte - “briga” com Deus devido à prisão e morte do tio. Além disso, Marjane conta sobre as pessoas que ela foi conhecendo em seu país e fora dele, relatando sobre as amizades, as experiências amorosas que viveu - que são abordadas de maneira cômica – a distancia da sua família e os conflitos de identidade com relação a outro país totalmente diferente do seu. No contexto da história, mostra-se os efeitos das ditaduras que se instauravam no Irã, revelando como a guerra atingiu de maneira destruidora, não só a cidade, mas pessoas e famílias inteiras.


O filme toca também num ponto interessante: ser mulher iraniana neste momento. É o que leva a menina questionar, por exemplo, o uso de vestimentas mais longas para mulheres - já que as mesmas estimulavam a imaginação masculina - enquanto que os mesmos podiam usar roupas e cabelos de acordo com a uma “moda”, sem ter algum tipo de repreensão. Avançada demais não? Mais com as influencias de seus instruídos pais e da sua - digamos – avó “moderna”, Marjane, não poderia ser diferente.


Destaco um personagem, que realmente gostaria de ser quando crescer (risos), sua avó, uma senhora um tanto a frente do seu tempo, cujos diálogos entre ela e a neta são ricos de conselhos e conversas regadas de humor. O filme vai despertando emoções diversas como revolta, tristeza e claro, boas risadas – principalmente na cena que Marjane retorna a vida após um breve suicídio por remédios ao som de Eye of the tyger - trilha sonora do saudoso Rocky Balboa. É uma cena muito boa!


Persépolis é um filme que antes de contar a historia da vida da protagonista, é um breve retrato do que foi o Irã neste período. A perseguição aos “comunistas”, a tortura e morte de alguns presos politicos e como essas ditaduras se perpetuaram com o tempo, causando transformações significativas no povo iraniano. Até mesmo Marjane percebeu que estas mudanças, também surtiram efeitos colaterais em si mesma, lhe revelando que aquele já não era mais seu lugar.

É um filme realmente muito bom, no gênero animação e pela narrativa. Tem como diretores Vincent Paronnaud e a própria Marjane Satrapi; uma parceria França-EUA. Foi indicado ao Oscar de Melhor Animação em 2008. E vale com certeza assisti-lo!!