Salve salve!
O comentário de hoje vai para o documentário sobre o poeta Manoel de Barros - Só dez por cento é Mentira - do diretor Pedro Cézar. Algum tempo atrás tinha assistido uma matéria na tv, mas não conhecia a importância que o poeta tem para a literatura brasileira. Tive então a oportunidade de assisti-lo esta semana e mesmo tendo certa resistência com documentários – que não cabe aqui escrever o porquê - no final das contas, me surpreendi.
O filme é tão bom quanto às poesias de Manoel. Tem seu encantamento na medida em que se entrelaça, entrevistas do próprio diretor feitas com o poeta, trechos de seus poemas e depoimentos de “leitores contagiados” por suas palavras. Além disso, existem personagens fictícios que compõem a história, comunicando-se diretamente com o universo inventivo do poeta. É sem duvida, um mergulho na vida e obra de Manoel, revelada de maneira criativa e poética, com uma linguagem visual tão rica como a linguagem do idioleto manoelês. “Noventa por cento do que escrevo é invenção. Só dez por cento é mentira".
E quem não conhece ainda seus livros e assistir o filme, vai despertar – no mínimo - curiosidade em ler sua literatura. Manoel de Barros, é poeta sulmatogrossense, possui cerca de vinte livros publicados, conquistando inclusive, vários prêmios. É considerado o escritor brasileiro mais vendido do país.
Vale lembrar que o filme ganhou os prêmios de melhor documentário longa-metragem do II Festival Paulínia de Cinema 2009; prêmios de melhor direção de longa-metragem documentário e melhor filme documentário longametragem do V Fest Cine Goiânia 2009.