Quem nunca em um momento de tristeza desejou esquecer tudo? E ao contrário, quem nunca desejou que aquele momento mágico ficasse eternizado??? O filme que escolhi para hoje é um dos meus filmes favoritos. “O Brilho eterno de uma mente sem lembranças”
Na sinopse Jim Carrey interpreta Joel, um marido magoado por sua esposa tê-lo deletado (literalmente) de sua memória. Inconformado, resolve retribuir na mesma moeda e procura o Doutor Howard Mierzwiak para passar pela mesma experiência. No decorrer da operação, Joel percebe que, na verdade, ele não quer excluir Clementine de sua vida, e sim manter bem viva em sua memória os momentos em que estiveram felizes. A partir de então, ele enfrenta uma incrível luta dentro de sua própria cabeça para que essas memórias continuem vivas dentro de si.
Esse filme sempre me chamou a atenção o que faz com que eu o assista várias vezes, já perdi a conta de quantas vezes já o vi. Uma das coisas que mais me atraem no filme é justamente o fato de poder esquecer. Nossa, o quanto seria lindo poder esquecer uma mágoa, uma tristeza, uma desilusão; mas ao mesmo tempo esse esquecer me deixa angustiada (eu e acredito que 99% dos que assistem o filme) a medida em que a vamos vendo que Clementine está sendo apagada da memória de Joel; vamos percebendo também o quão importante ela foi pra ele, ele foi pra ela e o quanto esse relacionamento está tão vivo. É nesse momento que sempre penso “Desejar esquecer algo ou alguém é o mesmo que não viver” sempre penso isso e aí meu desespero começa. A medida em que vou vendo o filme vou me colocando no lugar dos personagens e meu desespero aumenta com o desespero deles; na minha opinião é isso que torna um filme interessante. O Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças é daqueles filmes que merecem ter lugar cativo em nossa estante e assistir várias vezes. É também daqueles filmes que nos levam a pensar no que desejamos, se desejamos mesmo o que desejamos ou se que desejamos é exatamente o contrário do que desejamos. Sacaram???